Buena sesión de trabajo en un día en que a la vez se daba a conocer la inclusión de las Fortificações da Raia en la Lista Indicativa de Patrimonio de la Humanidad de la UNESCO, promovida por Valença do Minho, Almeida, Marvão y Elvas.
Inicio de la sesión de trabajo |
CONCLUSIONES DE LAS V JORNADAS DE VALORIZACIÓN DE LAS
FORTIFICACIONES DE LA RAIA/RAYA LUSO-ESPAÑOLA
No
final de um dia de intenso e prolífero trabalho, é possível apresentar de forma
sucinta e ainda preliminar as considerações mais relevantes, com especial
relevância para as questões científicas e para as principais conclusões
decorrentes da realização das V Jornadas de Valorização de Fortificações da
Raia.
O
património abaluartado da raia luso-espanhola já teve o seu quinhão de incompreensões, preconceitos e
equívocos. Levantado o véu que escondia
a luminosidade da sua importância militar, histórica e arquitectónica a
arquitectura abaluartada, devido em grande parte à realização das várias edições das Jornadas de
Valorização de Fortificações da Raia, é hoje
considerada uma tipologia muito importante.
Como aqui foi amplamente
referido, quando lembramos o património arquitectónico militar, é importante
não esquecer que do ponto de vista histórico, a “militarização” do território
fronteiriço estruturou-se através do sistema abaluartado, com funções
defensivas e estratégicas, em íntima relação com os suportes físicos e
naturais.
Todo
este património, que se estende por uma extensa área territorial de influência transfronteiriça ibérica, de 1.234 km
lineares e com cerca de 5 milhões de habitantes, adquire uma extraordinária particularidade, especialmente no espaço Extremenho-Alentejano que reúne um legado defensivo de uma densidade e
autenticidade não superado em toda a raia, sendo testemunha excepcional de
períodos significativos da história humana.
Por outro lado, as V Jornadas permitiram claramente a integração de diferentes objectivos com particular destaque para a
continuidade do estudo, valorização e divulgação do Património Abaluartado da
Raia Luso-Espanhola.
Deste modo, as praças
fortificadas de segunda linha de
confrontação do
corredor de invasão Madrid-Lisboa, o mais
activo, fortificado e rico em património abaluartado, foram
hoje objecto de um estudo aprofundado, com especial destaque para:
● as
testemunhos fortificados anteriores ao sistema abaluartado;
● as problemáticas relacionadas com as penalidades da população civil, da
construção e edificação, da história militar e do espectro geográfico das praças militares de retaguarda alentejana e extremenha, como é o
caso de Vila Viçosa, Ouguela e outros quartéis
militares do Alentejo, assim como as de Olivença e Mérida;
●
A riqueza cartográfica e ilustrativa manifestas na obra de Lorenzo Possi e Pier
Maria Baldi, entre outros;
●
o sistema
geral pré-Vauban e a sistematização da nova
estratégia da arquitectura militar
moderna da Europa;
● as estratégias para a potenciação turística das cidades e vilas
abaluartadas em produtos turísticos e culturais;
● o valor e a
qualidade do património abaluartado da raia luso-espanhola, designadamente o
conceito geral do empreendimento deste tipo de patrimonio.
A realização
destas Jornadas permitirá a posterior publicação das comunicações proferidas
na Revista
O PELOURINHO-Boletim de Relações Transfronteiriças, dirigida por Moisés Cayetano Rosado e editada pela Diputación Provincial de Badajoz,
que reunirá os textos dos
participantes, tal como aconteceu, aliás, nas edições anteriores das Jornadas.
Por outro lado, no que respeita ao nível
de execução destas Jornadas, comparando as iniciativas previstas do
programa com o conjunto das actividades realizadas, podemos considerar como bom
o nível de execução deste evento, sendo o seu programa totalmente cumprido.
Licinio Lampreia, director adjunto de la Revista Callipole, leyó las conclusiones. |
Falar
de todos os aspectos que estão subjacentes à realização do V Jornadas de
Valorização de Fortificações da Raia requeria, sem dúvida, mais tempo e mais
espaço. No entanto, não podemos deixar de sublinhar que o mesmo foi oportuno e
permitiu criar um espaço colectivo de reflexão, de intercâmbio de informações e
de debate em torno de um tema apropriado e de plena vigência.
A conjugação dos argumentos acima expostos,
permitem-nos afirmar que os resultados das V Jornadas foram bastante positivos
a vários níveis, com particular incidência:
• no aprofundamento
do conhecimento sobre as fortalezas abaluartadas da raia transfronteiriça
extremenho-alentejana, e da raia luso-española, em geral, assim como outras
problemáticas relacionadas com a construção e edificação destes monumentos;
• Incentivar a participação de instituições e da sociedade local nas
iniciativas e nos debates relacionados com a problemática do património.
F na visibilidade pública das
questões relacionadas com esta
problemática.
F na implementação de uma
estratégia de intervenção
que enfatizou a adopção de uma cultura de parceria e de
colaboração.
Enfim,
de acordo com pressupostos acima expostos, pensamos que existem motivos
suficientes para afirmar que a iniciativa não defraudou as expectativas.