domingo, 14 de febrero de 2021

Controversia en la muerte de Marcelino da Mata, "el militar más condecorado del Exército de Portugal".

Este jueves, día 11 de febrero, fallecía a los 80 años (víctima del covid-19) el teniente coronel Marcelino da Mata, uno de los soldados de la Guerra Colonial portuguesa más condecorados y que provoca sentimientos más polarizados. Natural de Guinea-Bissau, fue uno de los fundadores de los comandos, tropa de élite en la que sirvió desde el comienzo de la Guerra Colonial en 1961, y en la que pasó de soldado a oficial, sido ascendido finalmente a mayor, y graduado en teniente coronel.

El 19 de julio de 2018, cuando se discutió su último ascenso, el presidente de la Asociación 25 de Abril, "Capitão de Abril", coronel Vasco Lourenço, se rebeló contra esta posibilidad, afirmando en un artículo en PÚBLICO que Marcelino da Mata había cometido “crímenes de guerra” en Guinea, con “especial énfasis” en el ataque a Conakry (Operación Mar Verde). Como então, quando foram cometidos esses crimes de guerra (resultado da acção de autênticos assassinos) envergonharam muitos dos militares que deles tomaram conhecimento, esta promoção, a existir, constituirá uma enorme vergonha para o Portugal de Abril!”, escribió.

Helena Pato, una de las luchadoras antifascistas más significativas de Portugal, administradora del grupo de facebook “Fascismo nunca mais!”, con 17.900 miembros, escribía en el mismo: "Defender este criminoso, cujo historial de guerra está muito testemunhado, é defender os crimes cometidos que foram muito além da guerra colonial. Defendem-no apenas aqueles que, ou também os cometeram, ou aqueles que até hoje defendem o colonialismo e foram contra o direito dos povos colonizados à independência”.

Otro miembro de este grupo, Manuel Nel Cunha escribe: “Esse medalhado, matava por prazer e para bajular os chefes da guerra que lhe colocavam penduralhos ao peito. Nunca serviu Portugal, serviu a ditadura fascista!” Y ante la acusación de odio de otro de los intervinientes -Carlos Lopes- contesta: “Ódio não! Objectividade a falar dos ‘feitos heroicos’ que não passavam de crimes contra a pessoa humana. Você conheceu-o quando ele tinha por hábito cortar os testículos a presos? Quando varria aldeias com mulheres e crianças sem dó nem piedade? Será que esse ‘heroi’ alguma vez sentiu remorsos dos crimes que cometeu?”. El interpelado, en cambio, niega las acusaciones, a lo que siguen diversas argumentaciones en uno u otro sentido de varios miembros más del grupo.

El coronel Carlos Matos Gomes -militar prestigioso, investigador esencial de las Guerras Coloniales, extraordinario novelista y articulista, que realizó parte de su servicio militar con Marcelino da Mata en Guinea, entre 1972 y 1974-, más ecléctico, lo recuerda como un hombre "de gran coraje, un combatiente muy competente, agresivo e inteligente” a cargo de un grupo de operaciones especiales “diversificadas e irregulares en el interior de Guinea y en los países vecinos”: Marcelino da Mata, al mando de un grupo de incondicionales, muchas veces actuaba de paisano y con un plan de actuación propio.

Por su parte, el teniente general Joaquim Chito Rodrigues, presidente da Liga dos Combatentes, escribe sobre el militar fallecido: “Os feitos militares de Marcelino da Mata são feitos da maior coragem, bravura e lealdade á Bandeira de Portugal, que jurou servir. Brilhavam no seu peito a Torre Espada, Valor Lealdade e Mérito e cinco cruzes de guerra. A Liga dos Combatentes curva-se perante o Herói soldado que nos deixa. A Liga dos Combatentes, certamente como acontece com as Forças Armadas Portuguesas está de luto. Morreu mais um dos seus combatentes e este dos mais bravos e corajosos no campo de batalha”.

 José Luís da Costa e Sousa, Oficial Superior Paraquedista, en el Grupo de Facebook “Antigos Combatentes da Guiné” -de 9.500 miembros-, escribe: “O Tenente Coronel Marcelino da Mata, o maior Herói militar desta madrasta Pátria, faleceu. Era negro da Guiné sim, negro como a noite. Mas o Portugal anterior ao 25Abril não tinha negros, nem brancos, nem indianos, nem chineses, nem mestiços, éramos todos portugueses duma só cor, a de Portugal pluricontinental, multicultural e plurirracial. Depois do 25 de Abril, no 11Mar75, a subterrânea ralé militar que serviu o PREC, prendeu-o durante meses, torturou-o no Ralis, com choques eléctricos nos testículos... para ele confessar nadas que não sabia dos jogos moscovitas da revolução. Ao longo destes anos a Pátria remanescente marginalizou-o por políticas anti portuguesas por aí instaladas”.

El teniente coronel, piloto aviador reformado, João José Brandão Ferreira, llega a afirmar en su blog “O Adamastor”: “O Portugal de hoje, sem memória, sem vergonha, materialista, corrompido, eivado de ideias e ideologias malsãs, sem tino e sem rumo, não merece a distinção de ter Homens como Marcelino da Mata, que nem sequer vai poder ser homenageado com honras militares fúnebres, mais do que merecidas”.


¿Es posible mayor desencuentro en la interpretación de los hechos históricos? ¡Cuánto queda por aclarar de la Guerra Colonial de Portugal, de la Revolução dos Cravos, de su desenvolvimiento posterior! Llevo estudiándola mucho tiempo, y ya tengo listo mi libroSalgueiro Maia. Das Guerras em África à Revolução dos Cravos”, donde reflexiono sobre ello, a la luz de la documentación más rigurosa, los testimonios y memorias más confiables y la “guía ejemplar” de uno de los militares más respetables y respetados de Portugal: el fallecido y añorado teniente coronel Fernando Salgueiro Maia, “Capitão de Abril”, de una heroicidad, integridad y ecuanimidad indiscutibles. Espero que pronto salga a la luz esta aportación al debate y a la reflexión, desde el equilibrio y el sosiego.

Moisés Cayetano Rosado

11 comentarios:

  1. Há aqui testemunhos perfeitamente incoerentes .Moisés tens de ter cuidado em quem escolhes. Não confundir o comentário de Matos Gomes com o de Militares conhecidos como fascistas ,caso do Brandão Ferreira .Mas mais.Herois na defesa de si e de companheiros ,Sim. Agentes da propaganda do Salazarismo e do Colonialismo para mostrar no Terreiro do Paço com cinco medalhas Cruzes de Guerra e no mato um selvagem,NÃO. É o caso de M.da Mata.Mas direi mais noutro comentário. Qualquer dia estamos a defender o Nazismo!

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  2. Comparar emigração com actos selváticos e um actor de propaganda fascista e salazarista não me parece correcto. Há heróis militares os que se defenderam, defenderam os seus companheiros e populações e os que de ambos os lados foram para além das linhas vermelhas duma guerra com os seus limites. Casos das mortes dos "majores portugueses" mortos por um maluco do PAIGC e das selváticas acções de um lado e de outro. Mas M.Mata,fez isso tudo e gabava-se, foi cinco vezes cruz de guerra por propaganda salazarista, no T. do Paço, e para incentivar a acabar com os africanos. Há actos de heroísmo de militares na sua defesa e dos seus. Há os que a ultrapassaram.

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  3. Partilhado de João Vélez Venâncio: «Seja como for um criminoso é sempre um criminoso, independentemente da sua cor de pele, mas a estes defensores do fascismo, tudo dá jeito. NOJO, NOJO e nada mais. Dizem estes jornaleirecos de merda, que não bateram lá com os costados, e que alguns filhos de políticos, e do grande capital, nem à tropa foram, porque borravam as calças, e os paizinhos os livraram de ir p'rá guerra, mas os filhos do povo, foi obrigado a morrer lá, e desses não falam os chicos espertos, que na época ainda não eram nascidos.
    E se o M. da Mata, salvou vidas e fez coisas boas, também matou muita gente, o que é normal numa guerra, onde temos que lutar p'la vida, mas que mesmo assim, ainda há regras internacionais a respeitar.
    Só para muitos destes canalhas fascistas, que não sabem o que é ter que matar para poder viver, é a mesma coisa que matar gente indefesa? Ele não se defendeu só, mas matou muita gente indefesa, crianças velhos e mulheres, queimados dentro das sanzalas, a que ele próprio deitava fogo.
    Foi um assassino de guerra que devia ter sido julgado em
    Den Haag international tribunal.» Concordo totalmente MDC.

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  4. Honrar crimes e massacres.Nem pense ou pense melhor...as mortes da PIDE,as prisões,as troturas.as selvajarias.na guerra...o nazismo,o obscurantismo. NÃO
    · Responder · 4 h
    António Ribeiro
    Manuel Duran Clemente, havemos de debater esse assunto assim que isto desconfinar
    · Responder · 4 h
    Manuel Duran Clemente
    António Ribeiro Sim mas náo me demove a defender o nazismo,o colonialismo,as chacinas,os massacres e seus autores...há principios de dignidade humana até na guerra....Abraço.
    · Responder · 38 min
    Manuel Duran Clemente
    Jorge MSequeira Disparate .Quem não soube acautelar isso foi o seu Salazar -um chico esperto que arde no Inferno com milhares de mortes de responsabilidade ,com um país depauperado e na cauda da Europa,e ainda raíz dos males de hoje.Não soube como outros tratar do assunto politicamente 20 anos antes de 1974.Leia mais.

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  5. Jose Luis da Costa e Sousa mente descaradamente. Nunca Marcelino da Mata foi torturado no Ralis ,nem por militares. Sofreu ataques do grupelho MRPP e instalou-se em Espanha. Tudo o que estes oficiais,antigos, Costa e Sousa e Brandão Ferreira ,dos mais reaccionários do antigamente e contrários públicamente ao 25 de Abril/74,dizem é mentira quanto a factos e têm tido apoio pela comunicação social que faz propagar as suas opiniões,como verdades e as suas ideias salazaristas de um Portugal do Minho a Timor. Algo de insuportável e que tu Moisés ,digo eu,devias ter cuidado em divulgar.Qualquer dia defendemos o NAZISMO?AS chacinas e massacres? Não. Sabes que não contas nem comigo,nem com Vasco Lourenço,nem com Pezarat Correia,nem com Santos Silva,nem com muitos de nós ...nem com a memória do nosso Salgueiro Maia.Abraço.

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  6. Muito obrigado, caro amigo Duran Clemente. He expuesto estos testimonios contrarios porque son los que más destaque están teniendo en redes sociales, y creo que es bueno que se conozcan, que los lectores puedan contrastarlos. Y si se es inteligente, enseguida se ve la diferencia en las argumentaciones. Conozco bien a unos y a otros de los comentadores, y sé cómo piensan: en sus escritos lo revelan. Creo que no debemos ocultarlo sino evidenciar las mentalidades que traslucen para reafirmarnos aún más en nuestras ideas.Tu contribución es muy interesante y esclarecedora. Obrigado de novo.

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  7. Comprendo que en cuanto a las "Guerra coloniais de Portugal" estoy "tensando la cuerda", insistiendo en la presentación de posturas contrapuestas que pueden ser incluso ofensivas para algunos. Pero es que considero necesario poner en evidencia los distintos posicionamientos para llegar a comprender la esencia de los problemas que llevan consigo. Espero que con mi libro sobre las guerras coloniales, la Revolução dos Cravos y la reconversión posterior, siguiendo la estela de Salgueiro Maia, aporte algo sólido y útil.

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  8. «Enquanto isso milhares de antigos enganados combatentes do dito Ultramar têm sido esquecidos...injustamente.Vergonha.
    DEPOIMENTO DE JOSE BARAHONA SOBRE O CRIMINOSO DE GUERRA MARCELINO DA MATA:
    "«Tenho lido e ouvido falar da falta de honras do estado português pela morte de MARCELINO DA MATA. Conheci este senhor nos anos 2000 quando fiz um filme sobre a guerra na Guiné produzido pelo meu amigo Pedro Éfe. Passei uma tarde com ele e fiz-lhe uma entrevista.
    Marcelino da Mata foi um homem negro que nasceu na Guiné e que lutou pelo exercito português na Guerra colonial. Foi um militar corajoso e sanguinário. Não foi alguém que passou pela guerra e safou-se como pode, tendo eventualmente que matar e ver morrer. Não. Marcelino da Mata foi um homem sanguinário que matou muitos militares, civis, mulheres e crianças, inocentes com requintes de malvadez e crueldade.
    Marcelino da Mata, passados mais de 30 anos continuava-se a gabar dos muitos que matou e de ter morto os seus conterrâneos. Era um homem que ainda nessa altura mostrava o prazer que tinha tido na guerra, em matar e ver morrer. Assumindo-se como um Salazarista que lutou pela sua pátria, que era Portugal.
    Marcelino da Mata, se houvesse um julgamento, teria sido preso e condenado por crimes de guerra. Foi condecorado pelo estado novo. Querer que o governo ou o estado português de hoje lhe dê honras de estado é mais ou menos a mesma coisa que querer que o governo alemão dê honras de estado a um qualquer militar das SS que ao serviço dos Nazis, e condecorado por Hitler ou por Himmler, tenho morto muitos aliados sendo assim um soldado Nazi valoroso.
    Para que conste, tenho de dizer isto.»
    · Responder · 1 h
    Manuel Duran Clemente
    Manel Calheiros. Muito assertivo e corajoso com a verdade que alguns pretendem esquecer.
    Teve honras militares Lá esteve o PR actual e certos militares e certos políticos e do CDS(muito religiosos) esqueceram as atrocidades de mortes de inocentes,crianças e mulheres e queimadas dos seus alojamentos. Enquanto isso milhares de antigos enganados combatentes do dito Ultramar têm sido esquecidos...injustamente.Vergonha Sr Marcelo.MDC.

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  9. J.Gonçalves Guimarães diz Mesmo na Última Guerra Colonial, Portugal estava obrigado a cumprir a Convenção de Genebra e não era suposto condecorar quem com a sua farda vestida cometia crimes de guerra que, neste caso foram várias vezes denunciados pela hierarquia imediata no terreno, mas mandados arquivar pela hierarquia superior. Vejam o depoimento público do escritor Mário Cláudio aqui no Facebook, à data alferes dos serviços judiciais do Exército em Bissau, os quais autos lhe passaram pelas mãos e que pergunta onde estarão arquivados os se foram destruídos. Independentemente da camaradagem de armas entre combatentes, que quem lá esteve compreende, não aceito que o meu país tenha como herói um criminoso de guerra não julgado mas comprovado por inúmeros testemunhos. Se tinha a sua "guerra" pessoal, não deviam ter deixado que ela se confundisse com a guerra do país a que quis pertencer e pertence por direito próprio. Isto são chagas dolorosas que tardarão em sarar. E não são questões político-partidária, mas sim de honra do Exército Português. Tenente-coronel Marcelino da Mata, o meu respeito por si como combatente, não pode levar ao esquecimento do que fez. Agora que morreu, paz à sua alma certamente amargurada, amargura essa que as condecorações certamente não apagaram. É que acima de todos estes valores está algo que se chama Humanidade.

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  10. Xau, já te respondi sucintamente num comentário que também fiz por aqui. É falso que o PAIGC tenha assassinado alguém da família do Marcelino; foi o fascismo português que inventou essa atoarda. A documentação que o comprova estava em Bissau no comando militar. Hoje, está em Portugal; amigos meus, juristas, também aqui no facebook, estiveram com processos sobre ele nas mãos incluindo o dessa falsidade inventada pelo fascismo. Os crimes de Marcelino da Mata, as chacinas sobre aldeias só com crianças, mulheres e velhos, que incendiava chegaram a ter processos na Guiné, para os quais vinha sempre a ordem; arquive-se. Quando ao caso de militantes do MRPP (e de outras forças de extrema-esquerda, acrescento) que o torturaram no Ralis penso ser verdade. Foram no entanto apenas militares. Foi o Dinis de Almeida, também meu amigo aqui no facebook, como comandante do Ralis, quem impediu que esse facto lamentável prosseguisse. Quanto ao que se passou após o reconhecimento da independência da Guiné por Portugal não me pronuncio, não aprovo, mas são acções de um País independente...Julio Gago.

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  11. Muito obrigado de novo, caro amigo por tam interessantes testimonhos. Abraços.

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