viernes, 26 de julio de 2024

 LA REVISTA “AZAGALA” NOS REFRESCA EL VERANO

Abro el buzón de cartas de mi casa en Badajoz y recojo, como una brisa de aire fresco en medio del tórrido verano, la revista AZAGALA, de julio de 2024.

Confieso que, como en las entregas anteriores, busco de inmediato la sección “Cartas a Manolín”, de nuestro compañero director y “Combatiente” Francis Negrete. Emociona hasta las lágrimas su enorme torrente de fraternidad, de esa fraternidad herida por la muerte temprana de su hermano, de sus hermanos. Por la pérdida irreparable de las más puras raíces que conforman la vida profunda y entrañable trenzada en la niñez.

Francis vierte su humanidad en una prosa hermosa, hermosísima, tierna y desgarrada, que es un homenaje a esos seres tan queridos que han dejado su presencia física para siempre, pero que están presentes en el espíritu del que queda y lo cuenta en una valiente confesión, en una elegía de imponente valor humano y alta calidad literaria, que le sirve de bálsamo, que poco a poco cicatrizará una herida tan profunda.

Y la revista es esto -que ya de por sí la encumbra en lo más alto de la comunicación entre personas- y tantas cosas más que la hacen singular, ejemplar como pocas:

- Sus noticias locales con sabor universal, por el sabio tratamiento de lo cercano, que sirve de ejemplo comparativo para cualquiera.

- Su reivindicación de sucesos históricos ejemplares.

- Su capacidad para sacar del olvido hechos antropológicos, etnográficos, sociales, culturales… de alto interés.

- Su valentía en encarar los hechos políticos con energía.

- La incorporación de colaboraciones de amigos de “otras geografías”, entre los que me encuentro, y entre los que destaco un “nuevo fichaje de alto voltaje”: el compañero de aventuras, viajes y asociación “Combatiente” Antonio Maqueda Flores, que nos regala en esta ocasión con un emotivo homenaje de “recordatorios” a Francis.

Porque estoy enfrascado por estos días en un libro sobre luchas campesinas, “hambre de tierras” y reformas agrarias, me interesa de manera especial una entrega de José Narciso Robles Orantos sobre los baldíos de Alburquerque. Hay que seguir escribiendo sobre este tema tan crucial para la población, para la historia social de Extremadura, para la historia del movimiento obrero. Hace bien el maquetador del artículo en ilustrar el trabajo con una pintura de Adelardo Covarsí sobre la entrega de los baldíos hecha efectiva en 1432 por don Enrique de Aragón, y con un recorte de prensa en el que se da cuenta de que “la recuperación de los Baldíos se aprobó con Emilio Martín”, alcalde de Alburquerque cuando la Junta de Extremadura realizó la ocupación legal, iniciada por decreto expropiatorio 119/1992 de 3 de noviembre.

Alguna vez habrá que volver a ello y reivindicar las figuras del equipo municipal que inició el proceso a mediados de los años ochenta del siglo pasado, formado por el Partido Comunista. Mucho he hablado del tema con el que entonces era primer teniente de alcalde, el compañero Esteban Santos Sancho, y el que entonces representaba a dicho partido en la población, el también compañero Gabriel Montesinos Gómez, de nuestro entrañable y dinámico grupo de “Combatientes”.

Refresquémonos, por tanto, con esta revista local, comarcal, ¡general! de alta calidad. Y compartamos el dolor y el amor que a manos llenas hay en ella.

Moisés Cayetano Rosado



jueves, 25 de julio de 2024

 INTERVENÇÃO DO COMPANHEIRO ANDRADE DA SILVA NA APRESENTAÇÃO DO LIVRO “O MEU 25 DE ABRIL” EM VILA NOVA DE GAIA

Capitães de Vila Nova de Gaia

Grande saudação a todos vós, grande saudação ao capitão Cerqueira e a todos os que trabalham nas associações e autarquias que são, no cumprimento das suas funções para o povo e com o povo, uma expressão real do 25 de Abril em Portugal, na Península Ibérica, na Europa, e cremos que no mundo. 

Onde há guerras na Ucrânia, em Gaza, e ditaduras, que tanta fa
lta faz uma diplomacia militar que leve a todos a mensagem militar de Salgueiro Maia de que é preciso desobedecer quando a máquina militar, em vez de ser usada na legitima defesa, é usada como uma força opressora e aqui as forças armadas devem dizer não à guerra, e lembrar aos poderes políticos que para determinadas soluções como em Gaza com forças do tipo Hamas deve haver uma solução política, porque o Hamas não sendo um exército regular não pode ser derrotado com armas.

A solução política deve ter a primazia em todos os capítulos, porque como no caso da Ucrânia, uma vitória militar custará, como já está a custar, mortos, emigração para milhares de pessoas e uma destruição incalculável.

Portanto, esta é uma mensagem inicial da ASM com a autoridade moral, civilizacional e da inteligência, porque nós estivemos na guerra, e somos também construtores da paz.

Como o Abril que celebramos foi vitória vimos a parte da celebração da vitória no vídeo que apresentámos. E agora através da obra “O meu 25 de Abril” acompanhamos alguns percursos de antes do 25 de Abril. Percursos de pessoas simples, de concidadãos como nós, o que, para uns será memória e memória é vida, logo, um bem, e para outros conhecer aquelas realidades para se saber que os caminhos são difíceis, mas há objectivos atingíveis, e também é importante conhecer a história para reconhecer o valor deste presente que é o nosso aqui e agora, bem melhor do que o passado salazarista por todas as razões: umas mais esperadas do que outras, como a evolução científica, técnica, etc, e outra, a maior, a mais bela, a liberdade de se exprimir, a liberdade de construir o futuro, a liberdade política, cultural e sexual nem sempre esperada. De facto, a liberdade é o maior bem que Abril nos trouxe, mas a liberdade é uma construção diária e, por vezes, há areias movediças e outros truques que nos enganam, dizendo que são liberdade ,mas são destruição da liberdade.

Esta luta entre liberdade e opressão, amor e ódio, paz e guerra, é milenar, logo, muito, muito difícil de alterar, mas pode-se alterar como foi com a revolução do 25 de Abril de 1974 que sucumbiu depressa.

No 25 de Novembro de 1975 não houve nenhuma vitória de Abril, nem da humanidade, simplesmente houve uma reorganização para que a revolução terminasse, e se volvesse a uma determinada normalidade que nos trouxe, no nosso caso, para o círculo do poder que não se distingue pelas melhores e mais determinantes qualidades de Abril. As qualidades de Abril são: 

      - A liberdade

     - A democracia

     - O desenvolvimento, no sentido de atingirmos um estado de equidade, de dignidade e qualidade de vida digno, honestidade e ética

     - A dignidade – o termos a capacidade de, desde o nascimento até à hora da partida final, vivermos, conforme a nossa natureza humana e de inteligência.

Mas para chegarmos a este 25 de Abril percorremos um caminho muito difícil de 48 anos com prisões, fome, guerra, emigração forçada, mortes, tortura, etc.

Deste caminho percorrido 40  concidadãos portugueses e espanhóis dão notícia nesta obra “O meu 25 de Abril”. Cada um  fala, diz o que viveu e sentiu. É uma obra deste ponto de vista, majestosa, e também foi quanto ao esforço extraordinário para a produzir e editar, e destes grandes capitães –somos todos capitães – destaco os nossos companheiros Vitor Pássaro e Fernando Frederico, o acto muito nobre e inigualável da edição desta obra do nosso companheiro espanhol Moisés Cayetano Rosado, um grande capitão com um perfil à Salgueiro Maia e também à Vasco da Gama e Cervantes, um viajante que não pára.

A obra – 40 cidadãos, uns militares que estiveram na guerra em África e no 25 de Abril e de cidadãos e cidadãs civis que viveram os tempos anteriores como a nossa companheira Célia em muitas lutas ,e uma jovem alentejana no 25 de Abril com 13 anos, que vivia em Montemor-o-Novo e fala do horror, que disparava ao ouvir-se falar que estava por ali a GNR. De facto no Alentejo as populações estavam sujeitas à ditadura fascista e dos latifundiários o que tornava ali a vida muito difícil, porque para sobreviver era preciso trabalhar as terras dos outros por salários baixos, e sempre sob a ameaça dos tiros e dos cassetetes das policias se não concordassem, para além das idas á guerra e das prisões pelos pides a qualquer hora.

Também se dá noticia do que eram as dificuldades na guerra, das mortes e dos feridos e das operações militares muito complicadas, como foram aquelas na Guiné, onde, Salgueiro Maia esteve envolvido, tendo de regressar à guerra depois de já ter terminado o cumprimento da sua missão, os dois anos de guerra. Depois voltar ao combate é muito, muito difícil ,e só um grande capitão poderia manter a coesão e a disciplina para evitar desastres  ou deserções , o que, estava fora do radar da quase totalidade dos militares oficiais e sargentos do quadro permanente.

Como Salgueiro Maia é visto por um seu subordinado Amadeu Romão – homem simples que transmitia confiança, com uma estatura moral evidenciada.

A guerra em África, as cenas dolorosas, mas também a camaradagem e a confraternização. Os dramas dos chamados  cacimbados, militares com problemas psicológicos e/ou psiquiátricos não identificados.

As relações amistosas e positivas com as populações negras. Pessoalmente fui professor e até servi de ajudante de enfermeiro para ajudar a meter partes das tripas de um homem atingido por uma bacaça. Ainda vejo a tripa com cor rósea, grandes balões e mal cheirosa. Lá metemos a tripa dentro do abdómen e a vitima assistida na Damba/Angola é depois evacuada para Carmona. Não sei depois mais nada.

Fala António Pinão do comportamento da rapaziada da União dos Estudantes Comunistas do seu liceu com quem clandestinamente colaborava desde 1972. Este companheiro é um homem muito vigoroso e apaixonado pelo 25 de Abril de 1974 e por toda a sua gesta.

Dá testemunho Carlos Arinto, um escritor com uma obra sobre a guerra, onde, também dá notícia sobre mim que fui seu instrutor na Escola Prática de Artilharia, de Vendas Novas, instrução rigorosa para poupar vidas e cumprir este objectivo – uma glória maior! Diz e bem, todos queríamos regressar da guerra. Nós, os oficiais seus comandantes, ouvimos este grito e em nome de todos, e por todos, fizemos o 25 de Abril.

Para pôr termo ao cortejo de dor e terror de 10 mil mortos, 50 mil feridos nos contingentes continentais e falam de 100 mil entre os negros africanos.

O depoimento do nosso companheiro Maia Loureiro, o alferes, que junto de Salgueiro Maia, logo, no 25 de Abril de 1974 foi o primeiro a fazer o V da vitória, e teve uma conversa crucial, humana, responsável, quando Salgueiro Maia se dirige para fazer frente ao Brigadeiro Junqueira dos Reis, comandante dos carros de combate do regime que queriam travar o movimento da história, para o que o Sr. Brigadeiro deu ordem ao alferes Sottomayor para fazer fogo contra Salgueiro Maia, que recusou – e ,aqui, como diz o filósofo João Gil faltou o cordeiro pascal, o sangue derramado de Salgueiro Maia, se tivesse acontecido tudo seria muito diferente, como ??? Claro, não se sabe.

O então jovem Diogo Serra dá noticia do seu trabalho na editorial “A Rabeca”, das oposições em Portalegre.

Também dou testemunho da nossa gloriosa saída às 03H00 do dia 25 de Abril 74 da gloriosa Escola Prática de Artilharia de Vendas Novas, e das múltiplas e gloriosas acções em que estivemos envolvidos até chegarmos ao Cristo-Rei para batermos e afundarmos qualquer navio de guerra que quisesse travar o nosso feito.

Ninguém se atreveu graças ao trabalho antes feito ,e nós agimos, como juventude capitã, nesta ida de Vendas Novas para o Cristo-Rei também vem connosco o furriel Vitor Pássaro que regressará comigo a quartéis, e depois há-de estar no terreno até ao 25 de Novembro de 1975.

Um depoimento do nosso camarada Cardoso de Sousa, então, alferes na guerra e no teatro de operações na Guiné. Sujeito a vários bombardeamentos sem consequências , coisas inesperadas não morremos porreiro ! Os poderosos ataques aos nossos aviões com misseis terra-ar que nos roubam a supremacia aérea com graves consequências militares para as nossas forças, com menos capacidade de sermos defendidos, ou evacuados no caso de acidentes, logo, algo de muito assustador. E temperaturas de 50º.

O drama do isolamento e o louvor por poder relembrar a sua história nesta obra. Bem-haja !

Ouvimos Fernando Frederico a sua vida difícil, as memórias da 1ª. guerra que envia a outros. Um jovem leitor. Operário aos 20 anos. Vai para o norte de Angola, quando regressa ingressa no quadro permanente de oficiais. Uma vida rica de combates e vitórias.

Fernando Pinto o aluno que é acordado pelo 25 de Abril, virá a ser (é) professor para falar de Abril. O Serviço Cívico em 75 e 76 experiências marcantes.

Helena Biscaia, uma heroína de Setúbal e poeta.

Leonardo Antão oficial do Q.P. mas, então, aluno da Academia Militar do curso de engenharia. A Academia Militar foi um palco de grandes acontecimentos bastante esquecidos. …..coisas.

O nosso companheiro Manuel Augusto Silva que esteve no Largo do Carmo ao lado de Salgueiro Maia comandando a Chaimite Bula que transportou Marcelo Caetano para o Posto de Comando da Pontinha.

O depoimento de um nortenho de sete costados de Vieira do Minho, Manuel Pinto da Costa.

Mariano Garcia um capitão com larga história de vida, fala-nos.

Vários capitães lutadores e poetas dão o seu testemunho: Helena Biscaia, Marília Gonçalves, poeta popular vivendo em França, Suzel Patrão.

Também de terras longínquas da Suécia recebemos o depoimento do nosso companheiro Serafim Pinheiro, um homem central na história de Abril e da Revolução, mas muito humilde, e que muito tem para dizer. A ver se conseguimos.

Os nossos poetas com os seus poemas, entre eles José Carvalho, que já partiu.

 Também Francisco Batista fala do seu pai João Batista, a quem tanto a ASM deve. Nunca o esqueceremos.

E o editor da obra Moisés Cayetano Rosado um biógrafo de Salgueiro Maia, um dos maiores capitães de Abril ….somos todos capitães….. pelo seu amor, dedicação, alma e coração de Abril, a quem se deve a publicação desta magnifica obra –uns Lusíadas- a quarenta almas  sobre o 25 de Abril. Um viva forte a Moisés Cayetano Rosado, à editora da revista “O Pelourinho” e da câmara de Badajoz pela publicação desta obra, que é de todos e universal.

A intervenção crucial da companheira Natércia Salgueiro Maia representando a ansiedade da mulher que tinha o seu pai, marido, filho , namorado, amigo ou irmão na guerra-  uma ansiedade incomensurável , e, ainda no seu caso o aguentar o que pudesse resultar desta venturosa aventura do 25 abril  74

O verbo  da ainda jovem  Raquel Cedra e dos nossos companheiros espanhóis, entre outros.

Todos, sem excepção, estão representados.

Eia o 25 de Abril na sua mais vera verdade .

Salgueiro Maia Presente

Portugal o Universo Presentes

João Andrade da Silva

jueves, 18 de julio de 2024

DEL “TRIÁNGULO POÉTICO” A LA SINGULARIDAD DE RUFINO FÉLIX MORILLÓN 

Moisés Cayetano Rosado

En estos días centrales del verano, entregamos a la imprenta el último tomo coral que edita la Fundación CB homenajeando a lo que en el último tercio del siglo pasado dimos en llamar el “triángulo poético extremeño”. Habíamos publicado primeramente el dedicado a Manuel Pacheco, con motivo del centenario de su nacimiento (1920-2020), seguido del de Luis Álvarez Lencero (1923-2023); quedaba por publicar el referido a Jesús Delgado Valhondo (1909-1993), que aunque nos quedaba fuera de celebraciones se hacía igualmente necesario homenajear, analizar, comentar, estudiar, revelar anécdotas y amistades.

Fuera del tan citado grupo nos queda Rufino Félix Morillón, emeritense nacido en 1929, y afortunadamente vivo y activo entre nosotros. Premio de poesía Ciudad de Salamanca (2001) y Ciudad de Badajoz (2005), había sido previamente primer accésit del Premio Jesús Delgado Valhondo en 1989, con el poemario “Crestería de la sal”, que precisamente se incluirá completo en este volumen que más atrás comentaba sobre Valhondo.

Rufino Félix Morillón publicó su primer libro “tardíamente”: “Tarde cerrada” (1989), cuando contaba con sesenta años de edad, aunque ya había hecho incursiones frecuentes en revistas y publicaciones colectivas; después se resarciría con casi una veintena de libros en versos y varios más en prosa, recopilatorios de artículos y otros escritos, gran parte publicados en el periódico HOY. El Ayuntamiento de Mérida, que le nombró “Hijo Predilecto” en 2003, ha publicado su obra poética en dos tomos impecablemente editados, de casi 700 páginas cada uno.

Ese “retraso” en dar a la luz sus poemarios puede estar en el origen de no incluir su nombre en el grupo de poetas de especial significación en la Extremadura de la segunda mitad del siglo XX, pese a sus merecimientos. Su obra es, además de compacta, un amplio conjunto sin fisuras en cuanto a la limpieza del lenguaje, la elegancia en la expresión y el acierto en las metáforas, su ritmo musical de cadencia admirable y la serenidad de un mensaje metafísico con timbre tan singular que ha conseguido un “sello poético” propio, como pocos autores lo han logrado. Más de una vez he afirmado que estamos ante uno de los escritores contemporáneos más completos de la poesía española y seguramente la voz extremeña más sublime y pura.

Últimamente, Rufino Félix Morillón, nos advierte que “llegó al final”. Final poético se entiende, y esperemos que no sea así, como también que la vida le siga regalando con el despertar de cada día. Y que, como llevamos pidiendo desde hace unos años,  la Junta de Extremadura reconozca su valía con la Medalla de Extremadura, e igualmente que la Real Academia de Extremadura lo integre como uno de sus miembros. Dos reconocimientos que sí consiguió Pacheco, y que a Valhondo le llegó solo el primero (algo que le contrarió en sus últimos años de vida), si bien Lencero no logró, dada su prematura muerte en 1983, con 59 años.

Sí, hace varios meses que nuestro poeta no escribe nada nuevo. Y su último poema nos lo entregó a principios de año con una frase lapidaria: “es el último que escribo”. Está dedicado a su gran amor: Extremadura. Y en él mezcla ese sentimiento de cariño por una tierra de “trigo para la eterna sementera” con el desgarro de la emigración de sus hombres del campo castigado: “de un tiempo hecho dolor y despedida/ tiempo para la incierta amanecida,/ tras lágrimas de adioses, cruel paciencia”, sin olvidar la gloria del pasado: “Extremadura allende, nuevas tierras y mares/ donde su recia sangre se desgrana”. En él va, finalizando, la eterna despedida: “Mas sé que cuando llegue a su agonía/ mi corazón, colmado de ilusiones, entregaré mi voz y mis canciones/ al surco de esta hermosa labrantía”.

Sus 95 años ya le pesan. Que no nos pese a los extremeños no haber reconocido su valía con esas distinciones tan merecidas de la Academia de Extremadura y la próxima designación de la Medalla que más que engrandecer al poeta engrandece a nuestra propia tierra, a esta tierra suya tan querida.

jueves, 11 de julio de 2024

POEMA DE RUFINO FÉLIX MORILLÓN 

He dicho y escrito muchas veces que considero que Rufino Félix Morillón como uno de los más grandes poetas españoles del siglo XX y lo que va del XXI. Extremeño universal, afable, culto, sensible, dotado de una admirable virtud como poeta profundo. Para él he pedido la Medalla de Extremadura y su pertenencia a la Real Academia de Extremadura. ¡Que no sea tarde para un hombre que se va acercando al centenario!
Ahora me obsequia con un poema hecho desde su estancia vacacional en Cádiz, que me llena de satisfacción y gratitud. ¡Generoso siempre y amigo incondicional!



sábado, 6 de julio de 2024

 O NOVO LIVRO/EL NUEVO LIBRO

Incorporo un nuevo capítulo y reflexiones finales al libro que espero terminar con el verano: DE LOS HOMBRES SIN TIERRA A LA TIERRA SIN HOMBRES, quedando así el índice:

- Introducción.

- Posesión de la tierra y luchas campesinas. Las “Tierras del Sur” durante la Edad Contemporánea.

- Pobreza, represión y emigración. Paradigma extremeño-alentejano.

- La Reforma Agraria de España y Portugal. Prevalencia de Extremadura y Alentejo.

- De la autarquía al desarrollismo en la España del franquismo.

- Ofensiva contra la Reforma Agraria en el Portugal posrevolucionario.

- La “Raya” como fuente de inspiración literaria.

- Reflexiones finales. De los hombres sin tierra a la tierra sin hombres.

En parte, retomo, recojo y amplío algunos trabajos publicados anteriormente en: LA TIERRA DEVASTADA y LA RAYA IBÉRICA, que pueden ser consultados, impresos, compartidos, etc. desde estos enlaces:

https://dialnet.unirioja.es/servlet/libro?codigo=735685

https://dialnet.unirioja.es/servlet/libro?codigo=724767

Acrescento um novo capítulo e reflexões finais ao livro que espero terminar no Verão: DOS HOMENS SEM TERRA À TERRA SEM HOMENS, ficando o índice assim:

- Introdução.

- A posse de terras e as lutas camponesas. As “Terras do Sul” na Idade Contemporânea.

- Pobreza, repressão e emigração. Paradigma Estremadura-Alentejano.

- A Reforma Agrária de Espanha e Portugal. Prevalência da Estremadura e do Alentejo.

- Da autarquia ao desarrolhismo na Espanha de Franco.

- Ofensiva contra a Reforma Agrária no Portugal pós-revolucionário.

- A “Raya” como fonte de inspiração literária.

- Pensamentos finais. De homens sem terra para terras sem homens.

Em parte, retomo, recolho e amplio alguns trabalhos anteriormente publicados em: LA TIERRA DEVASTADA e LA RAYA IBÉRICA, que podem ser consultados, impressos, partilhados, etc. a partir destes links:

https://dialnet.unirioja.es/servlet/libro?codigo=735685

https://dialnet.unirioja.es/servlet/libro?codigo=724767

miércoles, 3 de julio de 2024

 GANANDO SIEMPRE LOS MISMOS/GANHANDO SEMPRE OS MESMOS

Acabo de obtener un testimonio muy valioso, de uno de los responsables de la Contrarreforma Agraria del primer franquismo (en Informe Oficial de los años cuarenta) sobre la devolución de tierras ocupadas por yunteros y jornaleros a sus antiguos propietarios. La forma, el proceder, las irregularidades, el apoyo de las autoridades, fue similar al que tuvo la Contrarreforma portuguesa de 1976 en adelante. Lo interesante es comprobar cómo el mecanismo legal y las actuaciones irregulares de hecho fueron dirigidos en el primer caso por los vencedores de la Guerra Civil a favor de sus aliados: los terratenientes; en el segundo caso, diigidas por los "supuestos" vencedores de la Revolução dos Cravos... a favor de los que NO fueron sus aliados:los terratenientes. O sea, "vencedores" en el primer caso, aplicando leyes y usos; "vencidos de primera hora y luego realmente vencedores" aplicando el mismo tipo de leyes y usos. Y el problema real no fueron las leyes sino los "usos", de los que hablaré en mi libro en preparación DE LOS HOMBRES SIN TIERRA A LA TIERRA SIN HOMBRES.

Acabo de obter um testemunho muito valioso de um dos responsáveis ​​pela Contra-Reforma Agrária do primeiro regime franquista (no Relatório Oficial da década de 1940) sobre a devolução das terras ocupadas por yunteros e operários aos seus antigos proprietários. A forma, o procedimento, as irregularidades, o apoio das autoridades, foi semelhante ao da Contra-Reforma portuguesa de 1976 em diante. O interessante é ver como o mecanismo legal e as ações irregulares foram de fato dirigidas no primeiro caso pelos vencedores da Guerra Civil em favor dos seus aliados: os latifundiários; no segundo caso, liderado pelos "supostos" vencedores da Revolução dos Cravos... em favor daqueles que NÃO eram seus aliados: os latifundiários. Ou seja, “vencedores” no primeiro caso, aplicando leis e usos; "derrotados-desde-o-primeiro-minuto-e-depois-realmente-vitoriosos" aplicando o mesmo tipo de leis e usos. E o verdadeiro problema não eram as leis, mas sim os “usos”, dos quais falarei no meu livro em preparação, DOS HOMENS SEM TERRA À TERRA SEM HOMENS.

martes, 18 de junio de 2024

 DE LOS HOMBRES SIN TIERRA A LA TIERRA SIN HOMBRES


Embora continuemos a falar dos últimos livros que tenho publicados e coordenados (um deles ainda por publicar: o livro coral homenagem a Jesús Delgado Valhondo), este Verão tenho de delinear o projecto de publicação para 2005, no por ocasião do 50º aniversário da “Reforma Agrária Portuguesa” e do 90º aniversário das ocupações de terras nos “campos do sul” espanhóis, e mais especialmente em Badajoz.

O seu título será certamente DOS HOMENS SEM TERRA À TERRA SEM HOMENS, ou seja, dos despossuídos e dos seus sonhos à emigração em massa por falta de realização dos seus sonhos.

Mais ou menos, este será o índice:

1. Introdução.

2. Posse de terras e lutas camponesas. As “Terras do Sul” na Idade Contemporânea.

3. Os anos sessenta na Raya Estremadura-Alentejo. Entre a pobreza, a repressão e a emigração.

4. A Reforma Agrária de Espanha e Portugal. Destaque da Estremadura e do Alentejo.

5. Ofensiva contra a Reforma Agrária no Portugal pós-revolucionário.

6. A “Raya” como fonte de inspiração literária.

Aunque seguiremos incidiendo en los últimos libros que he ido publicando y coordinando (uno de ellos aún por salir: el libro-coral homenaje a Jesús Delgado Valhondo), este verano tengo que perfilar el proyecto de publicación para 2005, con motivo del 50 aniversario de la "Reforma Agraria portuguesa" y el 90 aniversario de las ocupaciones de tierra en los "campos del Sur" españoles, y más especialmente en Badajoz.

Su título seguramente será DE LOS HOMBRES SIN TIERRA A LA TIERRA SIN HOMBRES, o sea, de los desposeídos y sus sueños a la emigración masiva por la falta de cumplimiento de sus sueños.

Más o menos,éste será el índice:

1. Introducción.

2. Posesión de la tierra y luchas campesinas. Las “Tierras del Sur” durante la Edad Contemporánea.

3. Los años sesenta en la Raya extremeño-alentejana. Entre la pobreza, la represión y la emigración.

4. La Reforma Agraria de España y Portugal. Protagonismo de Extremadura y Alentejo.

5. Ofensiva contra la Reforma Agraria en el Portugal posrevolucionario.

6. La “Raya” como fuente de inspiración literaria.