domingo, 24 de julio de 2016

ALMEIDA: NUEVO SEMINARIO INTERNACIONAL DE ARQUITECTURA MILITAR. PROGRAMA.

Prosseguimos este ano o tema central dos encontros do CEAMA - Centro de Estudos de Arquitectura Militar de Almeida, solicitando aos nossos Ilustres Convidados a continuação dos contributos para a compreensão dos Sistemas de Limites, realçando a compreensão do relacionamento com as fortificações que os definem. As reflexões tenderão a complementar o conhecimento das fortificações e a metodologia de trabalho para a salvaguarda e reabilitação de um património histórico e cultural de insubstituível enquadramento para qualquer país.

Continuing the central theme of our meetings at CEAMA – Studies Centre on Military Architecture of Almeida, we ask this year again our Distinguished Guests to continue giving their contributions for the comprehensive understanding of the Limits systems, enhancing the relashions with the fortifications which define them. Reflexions apported will contribute to complement the knowlegement of the fortifications and the methodology to be used in the work of safeguarding and rehabilitation of this unique historical and cultural frame of the Heritage for any country.

Participantes: ALEMANHA / GERMANY MICHAEL LOSSE     BRASIL / BRASIL BETINA ADAMS  /  ÉLCIO SECOMANDI   BÉLGICA / BELGIUM  PHILIPPE BRAGARD         ESPANHA / SPAIN  FERNANDO COBOS / GUILLERMO DUCLOS     /     MOISÉS CAYETANO     /    RAMÓN GARCÍA     /    VICTOR ECHARRI      ISRAEL / ISRAEL  GIORA SOLAR             PALESTINA / PALESTINE     SHADI GHADBAN              PORTUGAL /  PORTUGAL   A. VASCO RODRIGUES /  JOÃO CAMPOS / JORGE OLIVEIRA / LUÍS FONTES / RUI CARITA  /  RUI LOZA
PROGRAMA / PROGRAM

25.08.2016 (5ª manhã / Thursday morning)
09H30 – RECEPÇÃO e documentação / RECEPTION and documentation
10h30 – ABERTURA / OPENING, pelo Presidente da Câmara Municipal / by the Mayor
11h00 – CONFERÊNCIA INAUGURAL / INAUGURAL CONFERENCE
            Betina Adams, Brasil /Brazil
          Sistemas defensivos entre Portugal e Espanha na América do Sul e o Brasil com Países Limítrofes: Fronteira Meridional e Sudoeste do Brasil / Defensive systems between Portugal and Spain in South America and Brazil with Neighbouring Countries: The Meridional and Southwest Frontier of Brazil.
11h30 – pausa-café / coffee-break
11h50 – Jorge de Oliveira, Portugal / Portugal
           Das fronteiras do 6º milénio a.C. ao Tratado de Alcanices no Nordeste Alentejano / About frontiers in the Northeast Alentejo, from 6th. Millenium BC until the Alcanices’ Treaty
12h15 – Fernando Cobos, Espanha / Spain
            Valores sistémicos y tecnológicos de la fortificacion de Almeida en la Raya Central / Systemic and technological values of Almeida fortification in the Central Border (Raia)
12h40 – Debate / Debate
13h00 – FINAL DA SESSÃO DE TRABALHO / END OF THE WORK SESSION

25.08.2016 (5ª tarde / Thursday afternoon)
13h30 – VISITA TÉCNICA (em autocarro) para CASTELO RODRIGO (com lunch box a bordo) e
                regresso por CONVENTO DE AGUIAR e ESCARIGO. TERMAS DA FONTE SANTA  / TECHNICAL
                VISIT (on bus) to CASTELO RODRIGO (lunch-box on bus) and returning by CONVENT OF AGUIAR  and ESCARIGO. FONTE SANTA THERMAL SPA
                 Prof. Doutor Adriano Vasco Rodrigues

26.08.2016 (6ª manhã /Friday morning)
10h00 – Elcio Secomandi, Brasil / Brazil
               Projecto Educação Patrimonial / Project of Education for Heritage
10h25 – Ramón García Gomez, Espanha / Spain
             Las Defensas del Nordeste y la Articulación Territorial de la Frontera: el Sistema Fortificado de la Raya Hispano-Lusa en Trás-os-Montes e Alto Douro / Northeast Defences and Territorial Articulation of the Spanish-Portuguese Border in Trás-os-Montes e Alto Douro
10h50Moisés Cayetano Rosado, Espanha / Spain
          Autenticidad e integridad en las fortificaciones abaluartadas extremeño-alentejanas cara a una candidatura a Patrimonio Mundial / Authenticity and Integrity in Bulwarked Fortifications of Extremadura-Alentejo facing a candidacy as Word Heritage
11h15 – pausa-café / coffee-break
11h40 – Giora Solar, Israel / Israel
         Jerusalem's city walls along History / As muralhas da cidade de Jerusalém ao longo da História
12h05 – Guillermo Duclos, Espanha / Spain
             Al sur de la frontera peninsular: la defensa del Arco Atlántico / In the Southern Peninsular frontier: the defence of the Atlantic Arch
12h30 – Luís Fontes, Portugal / Portugal
             Fronteira e Fortificação a Noroeste. A Praça-forte de Valença e o Sistema Defensivo do Rio Minho / Northwest frontier and fortification. The Stronghold of Valença and the Defensive System of the Minho River
12h55 – Debate / Debate
13h15 – FINAL DA SESSÃO DE TRABALHO / END OF THE WORK SESSION

26.08.2016 (6ª tarde / Friday afternoon)
15h45 – Michael Losse, Alemanha / Germany
               The Development of Bastion in the Knights Hospitallers' Monastic State in the Dodecanese, Aegean Sea (15th and 16th centuries) - some new aspects / O Desenvolvimento dos Baluartes no Estado Monástico dos Cavaleiros Hospitalários no Dodecaneso, Mar Egeu (séc.s XV e XVI) – alguns novos aspectos
16h10 – Philippe Bragard, Bélgica / Belgium
            The influence of Vauban’s fortifications outside of France. Around the study case of Almeida / A influência das fortificações de Vauban fora de França. Em torno do caso de estudo de Almeida
16h35 – Debate
17h00 – FINAL DA SESSÃO DE TRABALHO / END OF THE WORK SESSION
17h15 – Percurso pela Vila / Walking on the city

26.08.2016 (fim da tarde /evening)
19h00 – CONCERTO na Igreja Matriz / CONCERT in the Main Church

27.08.2016 (Sábado manhã / Saturday morning
09h30 – Rui Loza, Portugal / Portugal
               Nascimento, consolidação e defesa da Fronteira como valor identitário / Birth, consolidation and defence of the Frontier as an identity value
09h55 – Shadi Ghadban, Palestina / Palestine
                A Land of surveillance and control / Uma Terra de vigilância e controlo
10h20 – Victor Echarri Iribarren, Espanha / Spain
                El Ingeniero General Juan Martín Zermeño y las fortificaciones de frontera: Pamplona y Puebla de Sanabria a mediados del sigo XVIII / The Engineer General Juan Martín Zermeño and the frontier’s fortifications: Pamplona and Puebla de Sanabria in the middle of 18th century
10h45 – pausa-café / coffee-break
11h15 – SESSÃO DE ENCERRAMENTO / CLOSING SESSION
                - CONFERÊNCIA de encerramento / Closing Conference
                - Rui Carita, Portugal / Portugal
                Almeida - X – CEAMA / Almeida - X – CEAMA
11h45 – Debate sobre o encontro e conclusões / Debate on the meeting and conclusions
12h00 – Anúncio da celebração das VI JORNADAS DE VALORIZAÇÃO DAS FORTIFICAÇÕES DA RAIA / Announcement of the celebration of the 6th JOURNEYS OF VALORIZATION OF THE BORDER FORTIFICATIONS
             - Moisés Cayetano Rosado, com distribuição do último número da Revista O PELOURINHO / with distribution of the last issue of the magazine O PELOURINHO
 12h15 – Últimas Palavras aos Participantes / Final Adressing to the Participants
               - Prof. António Baptista Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal / The Mayor
12h30 – FINAL DOS TRABALHOS / END OF THE WORKS

27.08.2016 (Sábado tarde - noite/ Saturday evening - night
– VISITAS fortaleza / VISIT of the stronghold

– RECRIAÇÃO HISTÓRICA DO CERCO DE ALMEIDA e regresso ao hotel pela meia-noite / HISTORICAL RE-ENACTMENT OF THE ALMEIDA’ SIEGE and return to hotel by mid-night


sábado, 16 de julio de 2016

BADAJOZ  EN EL PROYECTO DE PATRIMONIO DE LA HUMANIDAD

Moisés Cayetano Rosado
Doctor en Geografía e Historia

He visitado gran parte del patrimonio monumental referente a fortificaciones abaluartadas de España y Portugal. Conozco también buen número en Francia, Holanda, Bélgica, Italia (los cuatro países pioneros, junto a los de la Península ibérica en este tipo de construcciones), así como otros de Rumanía, Croacia, Turquía, Marruecos, Malta, Cuba, Santo Domingo… donde se manifestó el genio creador de matemáticos e ingenieros de los siglos XVI al XIX  en su máximo esplendor.
Creo que la Raya Ibérica presenta la mayor riqueza y variedad del mismo, teniendo magníficas representaciones del Renacimiento y del Barroco, lo que le ha valido a Elvas la calificación de Patrimonio de la Humanidad. Y es que esta Plaza -como, aún más, todo el conjunto- significa un ejemplo único de valor universal, representante de una frenética época de enfrentamientos bélicos y adelantos técnicos.
Y ocurre que Badajoz está en el mismo medio de ese tesoro inigualable, habiendo sido protagonista de los mayores enfrentamientos de los siglos XVII, XVIII y XIX, lo que ha conformado el levantamiento de sus murallas abaluartadas, adaptándose a la pirobalística, al fuego de cañones, cada vez más potentes.
Pero desde mediados del siglo XIX se ha ido borrando esa “huella histórica” y “herencia artístico-patrimonial”, aduciendo razones de expansión urbana, salubridad ambiental (el problema de los fosos…) y peligros de derrumbes, ruinas, etc., hasta conseguir lo que ha sido una de las más dañinas actuaciones sobre patrimonio abaluartado de cuanto conozco.
Comenzaron durante la II República (abriendo brechas en el amurallamiento), a pesar de que ya existía la Carta de Atenas  (1931) que condenaba estos atentados, y a pesar también de la Ley republicana de Protección del Tesoro Artístico Nacional de 1933, que seguía los dictámenes de dicha Carta.
Se ahondaron los terribles destrozos en los años sesenta, años de “boom inmobiliario”, arrasando cuarteles, instalaciones complementarias, cortinas de murallas, el Fuerte de Pardaleras y el Baluarte de San Juan -al lado de Puerta Pilar-, además de ocupar fosos y glacis y colmatar espacios interiores con todo tipo de construcciones.
Ello a pesar de la proclamación de la Carta de Venecia, en 1964, que condenaba estos atentados, actualizando los criterios de conservación y restauración de la Carta de Atenas. Además, la legislación española del momento no se apartaba de estos dictámenes, por lo que se contó con la oposición de la Delegación Provincial de Bellas Artes (siendo el delegado Manuel Terrón Albarrán, apoyado por el Director General, Gratiniano Nieto, que se persona en la ciudad), llegándose a un acuerdo final con el Ayuntamiento que impidió mayores desastres.
Pero los problemas seguirían, en forma de desatención, abandono y ruina. Y al llegar el siglo XXI se manifiestan en el arrasamiento total del interior del Fuerte de San Cristóbal (“la joya abaluartada de la ciudad”), rompiendo con su “lectura histórica”, lo que condenan los convenios internacionales, especialmente la “Carta de Nara en Autenticidad”, de 1994, y que recoge la UNESCO en sus exigencia preliminares: “autenticidad” e “integridad”, para ser calificado un Bien.
Ocurre que Badajoz tiene doble oportunidad de ser declarada Patrimonio de la Humanidad. Una, como “Extensión” de Elvas (que lo es desde 2012 por sus fortificaciones), ya que ambas “explican” sus fortalezas por la presencia de la antagonista, por sus enfrentamientos, que “forzaron” las defensas fortificadas. La otra, como componente de la “Raya Abaluartada Luso-española”, que ha entrado en la Lista Indicativa (paso previo para la calificación) de Portugal en mayo de este año.
A pesar de todo este continuo maltrato a nuestro patrimonio, de este triste “liderazgo” mundial en el desprecio y arrasamiento, y la torpeza restauradora de los últimos tiempos y actuales, aún podría ponerse remedio con lo que queda en pie.
Liberar de construcciones obsoletas los exteriores de la muralla en ese gran espacio comprendido entre el Baluarte de San Roque (donde está el Palacio de Congresos) y Puerta Trinidad, realzando escarpa, recuperando fosos y lo que se pueda de contraescarpa. Eliminar arboleda obstaculizadora de todo el perímetro de la escarpa, especialmente entre el Baluarte de Santa María (donde está el Colegio Lope de Vega) y la Alcazaba, así como entre el Baluarte de Santiago (donde está la Policía Nacional) y Puerta de Palmas. Realzar el entorno del Revellín donde se encuentra el Auditorio Ricardo Carapeto, en el Parque Infantil. Dignificar la Poterna situada en ese Parque. Recuperar los glacis del Fuerte de San Cristóbal y potenciar en su interior la formación de un Museo de las Fortificaciones. Realzar el valor del Hornabeque de Puerta de Palmas, acondicionando sus glacis. Revitalizar el Revellín de San Roque, restaurando el camino cubierto y glacis de alrededor. Restaurar lo que resta del Fuerte de la Picuriña. Olvidarse del hormigón armado en las reconstrucciones (tremendo caso del interior del Baluarte de la Trinidad, aún en obras). Poner en valor la galería de fusileros del Baluarte de San Pedro, al lado de la Torre de Espantaperros, así como de otros baluartes…
En fin, echarle ganas y buena voluntad. Cambiar la serie de desaciertos, por unas actuaciones en lo que Elvas nos puede servir de ejemplo provechoso.

viernes, 15 de julio de 2016

Resumen de la ponencia que presentaré en el X Seminário Internacional de Arquqitectura Militar de Almeida, 25-27 de agosto de 2016

AUTENTICIDAD E INTEGRIDAD EN LAS FORTIFICACIONES ABALUARTADAS EXTREMEÑO-ALENTEJANAS CARA A UNA CANDIDATURA A PATRIMONIO MUNDIAL
La Raia/Raya extremeño-alentejana desempeñó un papel crucial en los enfrentamientos peninsulares de los siglos XVII, XVIII y XIX, que llevó a la formación y moderna adaptación de una densa red de fortificaciones, de la que conservamos en la actualidad importantes muestras. Las de Alcántara, Valencia de Alcántara, Alburquerque, Badajoz y Olivenza, en la parte española; las de Castelo de Vide, Marvão, Arronches, Ouguela, Campo Maior, Elvas, Vila Viçosa, Estremoz, Évora, Juromenha, Monsaraz y Mourão en la portuguesa, son hitos esenciales, sin olvidar los de Brozas o Alconchel en Extremadura y Portalegre, Crato, Barbacena o Moura en Alentejo.
Teniendo en cuenta la necesidad de cumplir los requisitos de “autenticidad” e “integridad” en una Candidatura en serie, transfronteriza y por fases, a Patrimonio Mundial (por ser un ejemplo sobresaliente de conjunto arquitectónico que ilustra unas etapas significativas de la historia de la humanidad: criterio IV de la Lista de Patrimonio Mundial Cultural de la UNESCO), es urgente evaluar los usos y actuaciones que han tenido tras declinar su destino original, estado de conservación actual y proyectos sobre este patrimonio de cara a su valorización, para preparar con éxito la candidatura dentro de la red luso-española.
Una impresión general se presenta en esta ponencia, resaltando la gestión positiva en el patrimonio de unas, como Marvão, Ouguela, Elvas, Monsaraz; las malas prácticas o abandono agudo en otras, como Badajoz o Juromenha, y la necesidad de mayor atención en la inmensa mayoría, si bien la toma de conciencia en algunas -como Campo Maior o Vila Viçosa- es esperanzadora.

viernes, 8 de julio de 2016

VIDA Y ANDANZAS DEL CASTELO DE CRATO (PORTUGAL)


MOISÉS CAYETANO ROSADO

Según la ficha del SIPA (Sistema de Informação para o Património Arquitectónico, da Direção Geral de Património Cultural de Portugal), en 1160 fue conquistada la zona de Crato a los moros, donándola en 1232 el rey D. Sancho a la Orden del Hospital, e iniciándose la construcción del castillo. Un siglo después se crea el Priorato de Crato, siendo a partir de 1350 cabeza de la Orden de Malta. A partir de 1430 se acomete la reconstrucción del castillo y la construcción de las zonas urbanas, dando en 1512 nueva carta foral el rey D. Manuel. En 1642 se le añaden al castillo plataformas sobre elevadas para la instalación de artillería, convirtiéndolo en fuerte abaluartado, formando parte de la segunda línea defensiva, que completa en 1662 Luis Serrão Pimentel. Pero el 29 de octubre el ejército español comandado por Juan de Austria destruye las fortificaciones, sufriendo nuevos arrasamientos en los conflictos posteriores.
A partir de mediados de la década de 1940, la Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais inicia los trabajos de consolidación y restauración, a los que seguirán en las décadas siguientes sucesivas obras de conservación y reconstrucción.
El mismo SIPA indica que en 1991 se presenta propuesta de rehabilitación por parte de los arquitectos António María da Calça y António Teixeira Guerra (hijo de Rui Teixeria Guerra, que había adquirido el monumento en 1939). Según leemos en Wikipedia, Teixeira Guerra transmitió el inmueble a la Câmara Municipal de Crato, que a la vez lo concesionó por 99 años a la Agência de Desenvolvimiento Regional, cuyo gerente era este mismo arquitecto, iniciándose las obras al año siguiente; en 1997, y ya como Fundação do Castelo de Crato, Teixeira Guerra presenta “uma proposta de erigir nova obra, englobando museu (gipsoteca e salas de exposição), sede administrativa da Fundação, salas de conferências, centro audiovisual/multimédia, núcleo de alojamento com capacidade para 15 a 20 pessoas, restaurante e área de lazer” (Wikipedia).
Vista del castelo-forte y la cerca medieval desde el sureste.
 Con esta información, algo -digamos- curiosa, me comunico con la Câmara Municipal de Crato y su Puesto de Turismo, del que recibo la siguiente notificación: “Em resposta ao seu pedido, informo que o Castelo do Crato, não pertence ao Município, neste momento é da Fundação do Castelo Crato, cujo  Presidente era o falecido, Arquiteto António Teixeira Guerra, mentor da sua recuperação e adaptação a pousada com um centro de estudos para jovens arquitetos de todo o Mundo!  As obras que viu foram constantemente embargadas pelo IPPAR (Instituto Português do Património Arquitetónico).  Neste momento, após a sua morte, o Município do Crato já iniciou novamente contactos com a Fundação sobre o mesmo, mas até a data ainda não há resolução para o problema que está ali aos olhos de todos! Existe uma recente proposta, com objecto de deliberação bilateral conjunta, firmada em  reunião ministerial plenária na Cimeira de Zamora a 22 de Janeiro de 2009, pelos governos de Portugal e Espanha, determinando a criação de um ‘Centro Ibérico de Diálogo entre Culturas e Civilizações’ no Alentejo, realizável na sede da Fundação Castelo do Crato” (Alexandrina Capão. Posto de Turismo do Município do Crato Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa).
Cerca medieval. Paño oeste.
Por último, me dirijo a nuestro buen amigo y especialista en fortificaciones, el profesor Domingos Bucho, del Instituto Politécnico de Portalegre y coordinador del dossier sobre la “Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e as suas Fortificações” (Declarada Patrimonio de la Humanidad en 2012), que me dice: “Consegui, uma única vez, entrar lá dentro e ser recebido pelo Arq.º Teixeira Guerra, já falecido. Passaram 18 anos! O projecto era absolutamente delirante, quase surrealista, mas como o arquitecto tinha poder pessoal junto da administração pública e como conseguiu obter financiamentos, penso que estrangeiros, foi fazendo obras através de um processo muito suis generis, obras que nunca acabou”.
Vista del castelo-forte desde el oeste.
Y eso es lo que hay: un recorrido histórico lleno de sobresaltos, asaltos y destrucciones, y unos proyectos contemporáneos soñadores, megalómanos, inadecuados por su volumetría, modificaciones, ocupaciones, alteraciones e inexplicables construcciones interiores. De todo ello ha quedado lo que ahora vemos: un castillo fortificado cerrado, abandonado, dentro del cual se alzan pilares y planchas de hormigón y cemento armado, como árboles quemados de un bosque imposible. Un monumento al que no podemos acceder y que clama por un tratamiento digno para disfrute de un testimonio esencial de la historia fronteriza durante la Edad Media y Moderna, y admiración del sistema constructivo abaluartado, que abraza al defensivo medieval, en esta Raia/Raya destinada a ser Patrimonio de la Humanidad por este tipo de construcciones.

El castelo-forte de Crato tiene exteriormente planta poligonal irregular, con cinco puntas y cinco tenazas también irregulares, así como un pequeño revellín hacia el este. Destaca en la punta oeste de esta “estrella” una espectacular garita, y a su este y oeste se conservan sendos lienzos de muralla medieval, más largo el segundo. Interiormente coexistente plataformas para la artillería junto a las ruinas de hormigón armado que claman por su desaparición.

miércoles, 6 de julio de 2016

DE CASTELO BRANCO A PUEBLA DE SANABRIA Y REGRESO (y V)
Castelo de Trancoso
DE TRANCOSO A LINHARES, RECALANDO EN CELORICO DA BEIRA
Moisés Cayetano Rosado

Tras visitar los grabados rupestres de Foz Côa y Siega Verde, nos “adelantamos” unos cuantos milenios para recalar en la Baja Edad Media que representa toda la Serra da Estrela (ese Parque Natural de impresionante valle glaciar), donde esta vez solo toca “rozarla por el norte”, bajando desde Trancoso a Linhares, una de las poblaciones más deliciosas de la Serra, y donde nos recomiendan que después volvamos sobre nuestros pasos para no perdernos Celorico da Beira, que parece (¡solo parece!) un pariente pobre del rico tesoro asentado en el profundo meandro del Mondego, ribete azulado del Parque Natural.
Trancoso es la población donde se casaron el rey D. Dinis y doña Isabel de Aragón en 1282. Y también la “Tierra de Bandarra”, Gonçalo Anes, un zapatero, trovador y profeta, perseguido por la Inquisición, por sus profecías mesiánicas, muy seguidas por el pueblo.
Pero lo que más me admira de la población es su núcleo amurallado, levantado en los reinados de D. Afonso III y D. Dinis, y perfeccionado bajo D. Fernando: de mediados del siglo XIII a finales del XIV, conservándose en casi su totalidad. Dentro de él, en su extremo nororiental, se encuentra el castillo, recinto almendrado, con cinco torres de planta cuadrangular, inmenso torreón de entrada y una espléndida Torre del Homenaje, de silueta tronco-piramidal y planta cuadrada, a la que accedemos por puente colgado a media altura.
Igreja de S. Pedro y Pelourinho manuelino de Trancoso
El casco histórico es una delicia por su traza urbana laberíntica, sus casas de sillería y sillarejo granítico y el empedrado de sus calles, muchas de las cuales repletas en sus laterales de hortensias que arrancan del encuentro de las fachadas y el suelo. En el centro tenemos la Igreja Matriz de S. Pedro -de finales del siglo XV-  y un esbelto pelourino manuelino, rematado “por uma gaiola, onde sobressaem os oito colunelos laterais, ornados com anéis e meias-esferas, e o coroamento com esfera armilar, sobrepujada por uma cruz em ferro”, como reza su cartel indicador.
Castelo de Linhares
De allí a Linhares, carretera con buenas panorámicas, que se adensa en bosque frondoso conforme nos adentramos en la Serra da Estrela. Linhares tiene una calzada romana de más de un kilómetro y un castillo que parece serpentear por lo alto de la elevación granítica en que se ubica: Torre de Homenaje, alto torreón defensivo y gran espacio de abrigo para la población, con puerta de entrada ojival, conforman la fortaleza altomedieval, a cuyos pies se extiende la vila, “detenida en el tiempo”, con su profusión de granito en paredes y suelos, calles quebradas y en tramos cubiertas.
Callejuela de Linhares da Beira
La Igreja Matriz data de la Plena Edad Media, aunque remodelada en los siglos XVII y XVIII, con interior de retablos manieristas. También tiene pelourinho del reinado de D. Manuel, época de mayor prosperidad de la zona, lo que se refleja en su urbanismo y construcciones.
Pero allí nos recomiendan volver hacia el norte, para visitar Celorico da Beira, ¡y comer en uno de sus restaurantes su arroz de pato delicioso! Nos indican “O Botas”, casero, apetitoso, económico, donde atienden con rapidez y simpatía, siempre te invitan a que repitas más de lo que pides (¡por el mismo precio!), y además de pato, preparan con maestría cabrito, borrego, trutas, bacalhau, y no digamos las sopas serranas, quesos “de untar” (los queijos de Celorico tienen fama de ser los mejores del país) y sobremesas caseras deliciosas.

Celorico da Beira
Castelo de Celorico da Beira
Su castillo del siglo X conserva un enorme torreón (no está claro que fuese en su día la Torre del Homenaje), a cuya entrada elevada se accede por escalera desmontable, y alterna en su recinto los elementos románicos con los góticos. También destaca en la población su Igreja de Santa Maria, de portada renacentista y capilla mayor y sacristía barrocas. Y ¡cómo no!, sus muchos pequeños comercios donde te ofrecen su irresistible queijo da Serra, buena alternativa al souvenir turístico con que a veces cargamos y que llegados a destino se arrincona. ¡Muy al contrario en este caso “tan apetitoso”!

martes, 5 de julio de 2016

DE CASTELO BRANCO A PUEBLA DE SANABRIA Y REGRESO (IV)
Torre de la Iglreja Matriz de Moncorvo
ARTE RUPESTRE PALEOLÍTICO EN LA FRONTERA: DE FOZ CÔA A SIEGA VERDE

Moisés Cayetano Rosado

Impresionan los 30 metros de altura de la Igreja Matriz de Torre de Moncorvo. Su construcción duró casi un siglo, de principios del XVI a primeros años del XVII, y destacan en su fachada principal el bello pórtico renacentista y su enorme torre que le da verticalidad a un conjunto extraordinariamente extenso, en cuyo interior sobresalen los múltiples retablos de talla dorada.
Torre de Moncorvo, deliciosa vila de sur de Tras-os-Montes, nos sirve de reposo -en la “Casa Da Avó” sorprende el moderado precio para alojarse y desayunar de una manera deliciosa en casa señorial con muebles palaciegos-, antes de meternos en la “máquina del tiempo” que nos ofrece el vecino Vale Foz Côa, clasificado por la UNESCO como Patrimonio de la Humanidad en 1998.
Sus grabados rupestres al aire libre, se cuentan por centenares, tal vez millares -muchos bajo las aguas del fondo del gran valle-, y representan fundamentalmente caballos, venados, cabras y bóvidos de gran precisión en el trazado, admirable realismo y una superposición de grabados, que son como páginas de un libro de Prehistoria escritas en la misma lámina. La datación, dentro del Paleolítico Superior, va de hace 22.000 a 10.000 años, lo que los convierte en una de las actividades humanas más antiguas de las que se tiene constancia en el mundo.
Los núcleos fundamentales para realizar visita a este legado (siempre guiada por personal especializado) son la Canada do Inferno (en la margen izquierda de Rio Côa), la Ribeira de Piscos (en Muxagata) y Penascosa (en la margen derecha del río).
Esta última estación arqueológica es la que ofrece más claridad en la visión de las muestras rupestres, a las que se accede desde el Centro de Recepción de Castelo Melhor, freguesia de Vila Nova de Foz Côa, de apenas 200 habitantes.
Castelo Melhor
En lo alto de un monte que le protege conserva los restos de un castillo de defensa del territorio de Ribacôa, con antecedentes de castro prerromano y construcción bajo el reinado de D. Dinis, tras el Tratado de Alcañices de 1297. Sería ampliado bajo el reinado de don Fernando (1365-1383) y artillado durante la Guerra de Restauração, para después pasar a la ruina y el olvido, pero ofreciéndonos hoy en día una impresionante estampa mientras se aguarda el viaje hasta la estación arqueológica de Penascosa, que se efectúa en coche todoterreno, por un paisaje intrincado de bellas panorámicas de viñedos plantados en bancales hasta coronar los cerros de los alrededores.
Viñedos del Alto Douro
Foz Côa-Siega Verde
Penascosa. Foz Côa
Impresiona ver los múltiples grabados en las rocas pizarrosas, utilizando las técnicas de percusión (golpeando a manera de cincel y martillo) y abrasión (desgaste por rozamiento), logrando las primeras figuras de gran definición, y más diluidas las segundas, pero cargadas de matices para un “ojo” educado en encontrar los misterios de estos admirables artistas paleolíticos.
De aquí merece acercarse “al otro lado de la Raia/Raya”, hacia el sureste, en la provincia de Salamanca, hasta Siega Verde, yacimiento arqueológico “hermano”, calificado como Patrimonio de la Humanidad por la UNESCO en 2010, como extensión de Foz Côa.
Sitio de arte rupestre prehistórico de Siega Verde, España.
El yacimiento español ofrece testimonios similares, habiéndose llegado a catalogar más de quinientos grabados, en las orillas del río Águeda. El acceso también ha de hacerse con personal cualificado. Pero la cercanía de la estación arqueológica al puente que salva al río en la carretera de Castillejo de Martín Viejo a Villar de la Yegua es tal que los grabados que se visitan están precisamente a un lado y el otro de dicho puente, por lo que la entrada desde el Centro de Recepción (allí mismo ubicado) se hace a pie.

¡Y que cerca de Siega Verde queda una escapada a las monumentales Almeida y Ciudad Rodrigo, en Portugal y España respectivamente, rodeadas a la vez de otra poblaciones monumentales de gran patrimonio medieval y moderno, como Castelo Rodrigo y Castelo Mendo al norte y sur respectivamente de Almeida (sin olvidar el cercano Vila Formoso, cuya estación de ferrocarril tiene una de las azulejerías más hermosas de Portugal), y San Felices de los Gallegos y Aldea del Obispo (con su Fuerte de la Concepción) al noroeste de Ciudad Rodrigo!

lunes, 4 de julio de 2016

DE CASTELO BRANCO A PUEBLA DE SANABRIA Y REGRESO (III) 
Mapa en relieve del Lago de Sanabria
PUEBLA DE SANABRIA Y SU LAGO

Moisés Cayetano Rosado

La presencia y “querencia” del lago quizás ha ensombrecido el reconocimiento de Puebla de Sanabria. Riadas de turistas y habitantes de las cercanías lo acometen en verano como abejas en un panal de miel. Difícil es lograr un aparcamiento cercano para el coche y tanto o más lograr un puesto para refrescarse con cerveza en sus “zonas de aprovisionamiento”. Sin embargo, si vamos fuera de temporada, no podemos pedir una caña de barril, porque -como se queja el propietario del establecimiento que encontramos abierto- se disiparía sin apenas vender un 10%; tal es la falta de clientes-.
Lago de Sanabria
El lago de Sanabria está situado al norte de la provincia de Zamora, a 1.000 metros sobre el nivel del mar y es el mayor lago glaciar de la península Ibérica, con 3’47 km2, ocupando la cuenca hidrográfica sobre la que se asienta 127’3 km2 y teniendo una profundidad máxima de 53 metros. Se originó en la glaciación de Würm, última Edad del Hielo de la historia de la Tierra, logrando su mayor extensión hace 26.000 años.
Este espacio natural y sus alrededores fueron declarados Parque Natural en  1978, con más de veinte lagunas, además del lago principal, y alrededor de 30.000 hectáreas protegidas, formando parte desde 2015 de la “Reserva de la biosfera transfronteriza”, por declaración de la UNESCO. Desde comienzos del 2011 cuenta con un catamarán eólico-solar, para recorridos didácticos, turísticos e investigación subacuática.
Vista de Puebla de Sanabria
Al sur del lago está Puebla de Sanabria, que ya desde la carretera que nos trae desde Tras-os-Montes, o desde la autopista de Galicia a Castilla/León si vamos de este a oeste, ofrece una vista soberbia y señorial. Ver su castillo cuadrangular -de sillería de granito- a la derecha, la cortina de muralla al centro -resguardando iglesia y noble caserío- y plataforma artillera a la izquierda -sobre la empinada ladera rocosa-, resulta sobrecogedor.
Castillo de Puebla de Sanabria
El castillo -asentado en un escarpe sobre el río Tera y levantado en sillería de granito- fue mandado a construir en el siglo XV por don Rodrigo Alonso Pimentel y doña María Pacheco (IV Condes de Benavente), teniendo un doble uso inicial residencial y defensivo; pasa después a militar y municipal, hasta llegar al actual polivalente de visita turística (con entrada por la Casa del Gobernador, en el ala norte), Centro de Interpretación de las Fortificaciones (en su central Torre del Homenaje) y Casa de la Cultura en la fachada este (con sala de actividades múltiples, biblioteca pública y sala de exposiciones).
Los refuerzos abaluartados de su recinto amurallado y las troneras de sus torres perimetrales se realizaron en la Edad Moderna, por su situación estratégica de paso desde el norte de España a la región portuguesa de Tras-os-Montes, como defensa artillera. Sufrió la Guerra de Restauração portuguesa (1640-1668), la de Sucesión de la Corona española (1701 -1715), en que estuvo ocupada por los portugueses hasta el Tratado de Utrecht, y la Invasión francesa de 1808-1814.
Interior patrimonial de Puebla de Sanabria
En la hermosa plaza contigua recibimos una extraordinaria lección de arte militar (a la vista del castillo), religioso (Ermita barroca de San Cayetano, con airosa espadaña, e Iglesia de Santa María del Azogue, románica, con transformaciones en los siglos XVI, XVII y XVIII) y civil (el Ayuntamiento, renacentista, con galería porticada de tres arcos de medio punto en planta baja y de cuatro en la superior, flanqueado por sendas torres con acabado piramidal).

Panorámica interior de Puebla de Sanabria
Desde allí bajamos al admirable caserío, de nobles construcciones que alternan en fachada sillarejo y madera de guías, refuerzos, ventanas y balcones, rematándose en tejado de pizarra a “cuadros y abanicos”. Abundan las plazoletas, con tiendas y pequeños restaurantes tentadores, donde la trucha asalmonada del lago, la carne de ternera, el pulpo a la sanabresa y los omnipresentes habones de Sanabria son una incitación, que ha de rematarse con rosquillas asadas en sartén, manzanas y castañas también asadas (y estas última igualmente cocidas), regadas con vinos de la tierra y Sidra Sanabresa.

viernes, 1 de julio de 2016

DE CASTELO BRANCO A PUEBLA DE SANABRIA Y REGRESO (II)
Bragança. Praça da Sé.
BRAGANÇA Y EL NORTE TRASMONTANO
Moisés Cayetano Rosado
Entramos en Bragança dejando atrás la inmensa mole de la Catedral Nova, proyecto megalómano de finales del siglo XX donde reina el cemento y las grandes explanadas, y nos plantamos en la Praça da Sé, que nos devuelve a los viejos tiempos gloriosos de la capital trasmontana.
A la derecha, la antigua catedral -iglesia jesuítica de finales del siglo XVI, manierista aunque posteriormente alterada- domina un espacio abierto en cuyo centro se alza un hermoso Cruzeiro de 1689 en que se enrollan ramas de viñedos hasta alcanzar el capitel corintio. Al fondo, en lo alto, por encima de un caserío de palacetes y casonas, vemos la muralla y torres de su Castelo, uno de los más hermosos de Portugal.
Castelo de Bragança
Mandado edificar por D. Dinis, fue reconstruido y ampliado por orden de D. João I, constituyendo una defensa esencial de la frontera. Sobresalen en este complejo militar su esbelta Torre del Homenaje (con cuatro pisos, en que se ubica un bien acondicionado Museu Militar), la Torre de la Princesa (mirador privilegiado hacia la ciudad, envuelto en la leyenda recurrente de la “princesa cautiva” enamorada de un trovador) y torreones cilíndricos en las esquinas, con troneras artilleras, que mucho remarcó Duarte de Armas, en su Livro das Fortalezas, de 1509.
Bragança. Castelo, Igreja de Santa Maria y Domus Municipalis.
La vecina Igreja de Santa Maria, de origen románico y trazas barrocas, está especialmente ornamentada en la portada granítica de columnas salomónicas y frontón circular partido. Y a continuación nos aparece el Domus Municipalis, un sin par edificio de arquitectura civil románica -construido en el siglo XII según Leite de Vasconcelos o a principios del s. XIV según José Mattosso-, que alberga una cisterna en uso, y que sirvió en su espacioso y expedito interior pentagonal -de banco de granito corrido por el borde interior y ventanales con arco de medio punto- como local de reunión de los homens-bons do Conselho.
Si antes de subir a la Serra de Montezinho, en el extremo norte transmontano, quisiéramos reparar fuerzas con una comida característica de la zona, podemos elegir entre sus múltiples restaurantes para saborear una perdiz com uvas, coelho bravo à monseñor, arroz de lebre, truta do rio com presunto, faisão com castanhas o el socorrido bacalhao preparado de mil maneras. ¡Sin olvidar cabrito o leitão à moda de Bragança, así como sus fumeiros (enchidos y presunto típicos) y los bolos de nozes, rosquilhas y bolo de ovos com pão.
Trás-os-Montes
Una vez repuestos, las barreras montañosas graníticas, suaves, paleozoicas, de matorral y verdor, se nos ofrecen a nuestro frente, haciendo barrera natural con el norte zamorano y confundiéndose geomorfológicamente con él.
Cultivo minifundista en Trás-os-Montes
Y así, ¡llegamos a otro mundo, aunque anunciado en la apacibilidad del paisaje, pueblos y ciudades que venimos recorriendo! El “tempo lento” se ha enseñoreado de este Parque Natural de Montezinho, en el que el minifundio reina en los remansos de sus múltiples riachuelos, que bajan de la Serra, donde abundan los pinos, castaños y robles, con su sotobosque aromático. Y cavando la tierra vemos acá y allá mujeres cubiertas con pañuelos, sombreros y gorras, defendiéndose de un calor que incluso a estas alturas también aprieta, y más con la azada en las manos y el cuerpo inclinado hacia la tierra en el afán diario de la huerta para el autoconsumo. Autoconsumo, porque -como nos dicen quejumbrosos los lugareños- la venta menuda no tiene salida y las patatas, guisantes, ajos, cebollas, pimientos, lechugas,  tomates… que se obtienen han de quedarse en casa.
Río de Onor
De todos los pueblos de este Parque Natural, seguramente el más atractivo sea Río de Onor, situado en el extremo nordeste, separado de España por el río que lleva su nombre. Se conservan aún muchas casas de paredes de piedra cuarcítica, alternada con granito y pizarra, techumbre de esta última y balconadas de madera, aunque “el progreso” va haciendo cambiar la tipología y aparece -sobre todo en los demás pueblos de la zona- el hormigón, la teja de cemento pintado y a veces también el devastador aluminio de puertas y ventanas.

Oímos hablar en Río de Onor -todavía, entre los ancianos- un portugués local: el “riodonorês”, producto de la mezcla astur-leonesa, gallega y portuguesa, que en los alrededores adquiere diversos matices locales y comarcales, como ocurre en el norte cacereño de la Sierra de Gata con el “lagarteiru” (de Eljas), el “manhegu” (de San Martín de Trevejo) y el “valverdeiru” (de Valverde del Fresno).